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Desaparecimento de holandesas completa 10 anos e fotos misteriosas ressurgem

  • gpotatostaff
  • 24 de set. de 2024
  • 3 min de leitura


Um dos casos mais enigmáticos e perturbadores deste século completa 10 anos em abril. Em 2014, as turistas holandesas Lisanne Froon e Kris Kremers desapareceram sem deixar rastros após iniciarem uma trilha na província de Chiriquí, no Panamá. Fotos inquietantes encontradas em uma câmera digital, localizada dentro de uma mochila, intensificaram o mistério sobre o que teria acontecido com as jovens, que planejavam passar seis semanas na América Central. O caso permanece sem solução até hoje, alimentando teorias que variam desde tráfico de órgãos até a atuação de um serial killer ou canibalismo.


Lisanne e Kris viajaram ao Panamá com o objetivo de realizar trabalho voluntário e estudar espanhol. Durante sua estadia, fizeram amigos e estabeleceram conexões com moradores locais. Elas deveriam iniciar o voluntariado no início de abril de 2014, ficando hospedadas na casa de uma família local. No entanto, o começo do trabalho foi adiado por uma semana, levando as duas a explorar a região nos dias livres. Foi nesse intervalo que ocorreu o desaparecimento, dando início a um mistério cheio de pistas intrigantes e sem solução até hoje.


Trilha no El Pianista e o Desaparecimento

Lisanne e Kris iniciaram a famosa trilha turística chamada El Pianista. Segundo o site oficial de turismo do Panamá, a trilha, ainda mencionada até hoje, é descrita como um desfiladeiro estreito, localizado a quatro quilômetros da cidade, com um percurso que leva em média três horas para ser completado. Com uma elevação de 609 metros, grande parte da trilha fica envolta por nuvens. No dia 1º de abril, as jovens decidiram passar algumas horas explorando a trilha. Sem a companhia de um guia oficial da região, elas seguiram sozinhas, levando apenas o cachorro da família que as hospedava, chamado Blue.


Naquela noite, no entanto, apenas o cachorro Blue retornou à casa.


Quando Lisanne e Kris não apareceram na manhã seguinte, as famílias das jovens, que estavam na Holanda, foram notificadas do desaparecimento. Cinco dias depois, os pais delas chegaram ao Panamá. A polícia local deu início às buscas em 3 de abril, oferecendo uma recompensa de 30 mil dólares por informações que levassem ao paradeiro das duas. A operação, que varreu as florestas panamenhas, durou 10 dias, mas sem encontrar qualquer pista do que havia ocorrido.


Duas semanas após o desaparecimento, surgiu a primeira pista, aumentando ainda mais o mistério: uma moradora local encontrou a mochila de uma das jovens ao longo da trilha. Dentro, além de alguns dólares e itens pessoais, estavam os celulares de Lisanne e Kris, além de uma câmera fotográfica. O equipamento continha centenas de fotos tiradas por elas, incluindo registros feitos após o desaparecimento (veja na galeria de fotos abaixo). Algumas das fotos foram capturadas no dia 8 de abril, quando as buscas já estavam em andamento há quase uma semana, envolvendo tanto as autoridades panamenhas quanto detetives particulares contratados pelos pais das jovens.


As fotos na câmera de Lisianne e Kris

A polícia se convenceu 10 anos atrás que Lisianne e Kris tinham sido assassinadas.

Dois meses depois do início das buscas, já em junho de 2014, pedaços de ossos foram encontrados às margens de um riacho na região em que as amigas desapareceram.


Um tênis que ainda estava com o pé de Lisianne dentro também foi encontrado. Exames de DNA confirmaram que os restos mortais eram das duas jovens holandesas. Eles não tinham marcas de mordida e nem mesmo arranhões, o que fez com que as autoridades descartassem na ocasião a possibilidade do ataque de algum animal.


O caso Lisianne e Kris segue sem solução até os dias atuais. O enredo do mistério faz com que dezenas de teorias sobre as mortes venham à tona. Em 2017, uma estudante canadense chamada Catherine Johannet foi morta estrangulada a cerca de 50 quilômetros do local do desaparecimento. Chegou-se a especular de que o homem responsável — e que foi condenado a 12 anos de prisão — pudesse ter ligação com o caso das holandesas, mas essa correlação nunca foi confirmada.


O mistério, portanto, continua.

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